E se um aplicativo substituísse todo o mercado atacadista de alimentos frescos da sua cidade?
No Quênia, comprar de vários atacadistas pode ser uma tarefa árdua para vendededoras e vendedores, mas o Twiga possibilita o acesso a todos os tipos de frutas e vegetais com apenas alguns cliques, sem camadas intermediárias. Hoje, todas as variedades de frutas e hortaliças estão disponíveis para 45 mil revendedoras e revendedores por meio do aplicativo Twiga.
Em um mundo muitas vezes definido pela produção em massa, é revigorante ver o fundador, Peter Njonjo, deixar de trabalhar na The Coca-Cola Company para lidar com os problemas da cadeia de suprimentos de alimentos. Sua história mostra porque a Endeavor o reconhece como um Empreendedor Endeavor – tanto pela capacidade de crescimento de sua empresa e seu compromisso com giveback.
O problema
“Se você visitar a maioria das cidades africanas, notará pelo menos duas coisas – vendedoras e vendedores informais se alinhando nas ruas e mercados, e a abundância de terras aráveis. No entanto, a produção e distribuição de alimentos continuam sendo um desafio em todo o continente”, disse Peter.
Para enfrentar esse problema crônico, Peter criou a Twiga em 2014 como um comércio eletrônico B2B que fornece produtos diretamente de agricultores e os entrega para vendedoras e vendedores urbanos.
Twiga, a solução
“Estamos usando uma plataforma móvel e sem cobrança para agregar a demanda de milhares de pequenas e médias vendedoras e vendedores no Quênia, permitindo que façam pedidos de alimentos frescos, diretamente de produtores, quando necessário”, completa.
Por meio do Twiga, agricultores e fabricantes de alimentos garantiram acesso a um mercado digital com preços justos. Como resultado, vendedoras e vendedores podem obter rotineiramente produtos de baixo custo e alta qualidade entregues à sua porta dentro de 18 horas após o pedido.
De acordo com o Business Insider Africa, desde o seu lançamento, a empresa ajudou mais de 17.000 produtores de alimentos frescos, garantindo uma entrega média de três vezes por semana a 8.000 vendedoras e vendedores. A mudança na cadeia de suprimentos resultou em uma redução dos preços dos alimentos para os consumidores finais, e Twiga está visando uma expansão pan-africana para mercados da África Oriental, como Uganda e Tanzânia.
A scale-up também está investindo em uma forma alternativa de produzir alimentos no continente, considerando tanto a rastreabilidade quanto a escala de massa. A iniciativa visa reduzir em mais de 30% os preços de produtos à base de plantas.
“Ainda enfrentamos desafios de insegurança alimentar. Mas, estamos usando tecnologia para desenvolver soluções comerciais e trabalhando com os players existentes do setor para fornecer alimentos de melhor qualidade e menor custo”, conta.